Estudo anual sobre empreendedorismo feminino traz também recortes sobre dificuldade de acesso ao crédito, impactos da digitalização e o círculo virtuoso da empreendedora
O Instituto Rede Mulher Empreendedora (IRME), fundador por nossa palestrante Ana Fonte, revela que 34% das mulheres ouvidas em sua pesquisa anual sofreram algum tipo de agressão em relações conjugais. O estudo também aponta que, ao empreender, 48% delas conseguiram sair desses relacionamentos abusivos e até violentos.
Esse número faz parte da 6ª edição da Pesquisa anual elaborada pelo Instituto e Rede Mulher Empreendedora, primeira e maior rede de apoio a empreendedoras do Brasil, em parceria com o Instituto Locomotiva, que aborda temas do universo empreendedor feminino e traz ainda perspectivas sobre o perfil dessas mulheres e a relação com seus negócios.
Segundo Ana Fontes, fundadora e presidente da Rede e do Instituto Rede Mulher Empreendedora, a pesquisa confirma o sentimento evidente das mulheres que empreendem.
“De forma geral, as mulheres se sentem mais independentes, confiantes e seguras quando têm uma geração de renda própria, permitindo que ela mude sua condição dentro de relacionamentos abusivos”, comenta Ana.
Essa afirmação também é sugerida entre os dados coletados pela pesquisa, pois 81% das mulheres consultadas concordam que empreendedoras têm mais autonomia na vida, e por isso são mais independentes em suas relações conjugais.
Finanças e falta de acesso a crédito
Mesmo com essa autoconfiança e independência, Ana Fontes conta que as principais dificuldades citadas pelas empreendedoras são: a venda dos produtos e serviços; e o acesso a recursos financeiros e crédito.
Segundo relatório recente da Global Entrepreneurship Monitor (GEM) 2020, no ano passado o Brasil bateu recorde de novos negócios e as mulheres são o segundo maior grupo em crescente neste cenário.
A pesquisa IRME revela também que 72% das mulheres empreendedoras avaliam que são totalmente ou parcialmente independentes financeiramente. “Mesmo com autonomia e independência financeira, as mulheres ainda têm dificuldade em conseguir acesso a crédito. 47% das empreendedoras que participaram da pesquisa e que solicitaram crédito, tiveram seus pedidos negados. Essa conta não fecha, não é mesmo?”, explica Ana.
Pandemia e digitalização
Outro movimento que expôs a potência do empreendedorismo feminino foi o desemprego e a falta de renda gerada pela pandemia. De acordo com a Pesquisa IRME, 26% das mulheres consultadas iniciaram seu negócio atual durante a pandemia.
E é impossível pensar em cenário pandêmico, com fases de quarentenas, restrições, incertezas, sem contextualizar o impacto da transformação digital na vida da empreendedora.
Neide Alves, de São Paulo, é um exemplo desses de empreendedora que tinha um negócio e estava desanimada com a pandemia. Aos poucos ela foi deixando tudo de lado e outras pessoas passaram a cuidar dele, até que sua filha a inscreveu no programa RME Digitaliza e durante as mentorias o desânimo foi sendo superado. Hoje ela já retomou o controle do
Para informações de palestras e ações com Ana Fontes, só entrar em contato com a a Casé Fala pelo e-mail contato@casefala.com.br .