Maha Mamo

Maha Mamo

Maha é ativista na conscientização, na defesa dos direitos humanos e na melhoria da situação “das apátridas “ palestrante motivacional e porta-voz da campanha das Nações Unidas #IBelong, onde compartilhando sua  história de vida e luta como sem patría, para contribuir um pouco na erradicação de apatridia em todo o mundo, alterando as leis e dando mais visibilidade.

Maha Mamo nasceu e foi criada no Líbano, filha de pais Sírios, nunca ganhou uma cidadania devido a uma série de restrições legais no registro civil e na nacionalidade dos dois países nos quais ela tem laços. Quando criança, Maha não podia viajar com a escola para fora do Líbano. Mesmo sendo uma das melhores do time de basquete, ela nunca pôde representar o seu país de origem em competições porque ela não tem nacionalidade. Maha foi declarada apátrida ao nascer. Os pais de Maha são de nacionalidade síria, mas têm diferentes religiões. O pai dela é cristão e a mãe é muçulmana. Como o casamento inter-religioso é ilegal na Síria, os pais de Maha fugiram para o Líbano, onde Maha e seus irmãos nasceram.

Como o pai de Maha é sírio, de acordo com as leis de nacionalidade da Síria, Maha deveria ser reconhecida como uma cidadã síria. No entanto, com pais de diferentes religiões, não foi possível registrar o casamento nem o nascimento, o que a impediu de ser reconhecida como uma cidadã síria e de obter os documentos que o provam.

Maha tampouco pôde ser considerada libanesa, já que seus pais não são libaneses e a lei não permite adquirir a nacionalidade se você nasceu no país.

Os pais tiveram que implorar ao diretor da escola para que ela e seus irmãos pudessem receber educação.

Depois que terminou a escola, apenas uma das muitas universidades em que ela se inscreveu a aceitou. Mas não para cursar medicina, que era seu sonho.

Maha tem MBA em administração de empresas, mudou-se para o Brasil em 2014, e em 2018, ela e a irmã ganharam a cidadania Brasileira em uma cerimônia no escritório das Nações Unidas em Genebra. Já seu irmão mais novo, não teve a mesma sorte, ele foi assassinado em Belo Horizonte, em 2016, morreu como apatrida.

 

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